sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Contra os métodos do Instituto Royal - NÃO AOS TESTES !!!

   

São Paulo, participe! 

MARCHA DA DEFESA ANIMAL- 26 DE OUTUBRO


Como vocês já devem ter percebido, depois da situação de invasão, o assunto está partindo para questões de discussão sobre a necessidade real do uso de animais em testes.
Como já foi provada a inutilidade desses testes para cosméticos, os pontos mais citados são a utilização desses animais para a produção de remédios, as punições que os ativistas "merecem" e se o Instituto Royal realmente era irregular.

Esse post tem como objetivo tentar rebater os comentários tendenciosos de algumas fontes e esclarecer alguns outros pontos.




1. As punições aos ativistas

Como sempre, a mídia tentou focar nos atos de vandalismo cometidos, como destruição de dois carros da rede Globo e um de polícia que estavam no local durante as movimentações. Outro ponto é sobre a invasão ao Instituto ser um ato de vandalismo e sobre a destruição e furto de material interno.

É muito visível nas gravações que os ativistas pró direitos dos animais não cometeram destruição desses carros, equipamento e, até onde vi, furto de material interno.
No entanto, a disseminação da invasão como "terrorismo" por Silvia Ortiz é um engano. Visto que os animais realmente sofriam maus tratos ( na realidade, voltando ao bom senso e não o senso acadêmico, é impossível que haja testes que não sejam considerados maus tratos ) existe uma lei que autoriza a intervenção dos cidadãos perante crime.

" Código Penal, em seu artigo 150, parágrafo 3, inciso II, afirma: não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências, a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser."

Após os ativistas serem expulsos de dentro do Instituto, as manifestações começaram, sempre com intuito pacífico pelos ativistas. Eu não consigo narrar a fundo, mas sei que a polícia mostrou-se despreparada pois não tentaram nenhuma negociação por diálogo e partiram logo para o spray de pimenta ( que, aliás, atingiu um repórter do CQC) e para as balas de borracha. Sem dúvida uma atitude dessas iria propiciar para que os indivíduos predispostos ao vandalismo reagissem.
Perante a situação, alguns ativistas tentaram acalmar os vândalos, pois, se você participa de qualquer manifestação, já sabe que todo o foco dela será perdido para as agressões perante a mídia.
Eu e meu namorado mesmos participamos das duas manifestações contra a PEC37. Nós víamos dois helicópteros da Globo sobrevoando o local. Não houve vandalismo, não houve pouso, não houve reportagem. Não houve nada significativo apresentado para a massa popular.

Durante a madrugada pacífica desse dia, a única atuação dos policiais era revistar os documentos dos ativistas para tentar encontrar algo incoerente para mandá-los embora. Além de que, foi a própria que não permitiu a entrada dos mesmos mais a fundo durante a invasão para o salvar os ratos, camundongos e supostos cães restantes.




Outro ponto também citado é o de punições aos que adotaram "ilegalmente" os Beagles, como o deputado Ricardo Tripoli. Quanto a isso, eu particularmente acho que, como vou mostrar a seguir, o Instituto Royal está tão errado, tendo os maus tratos cada vez mais apresentados, que não há o que temer. Além do que, a urgência deles possuírem tratamentos veterinários e lares de pessoas conscientes é muito maior do que qualquer má vontade que líderes de órgãos públicos possam ter para impor regras.

Na minha opinião, os ativistas merecem aplausos !

2. O Instituto Royal é irregular

A Folha publicou em seu jornal que a ação dos ativistas jogou "no lixo" anos e anos de pesquisa anticâncer pela opinião de representante da Concea ( órgão responsável pela fiscalização dos testes em animais). Em resposta, deputado Fernando Capez espetacularmente dedura que o Instituto Royal só foi credenciado pelo órgão em Setembro DESTE ano, ou seja, esteve anos e anos fazendo testes sem fiscalização do órgão.
Outro ponto é, Dona Silvia Ortiz disse que quem realizava a fiscalização era a ANVISA, a qual negou a afirmação no mesmo dia.
Também foi descoberto que, ao invés de doarem os animais após 5 anos de pesquisa, na realidade eles eram vendidos, ou seja, o próprio Instituo trabalhava como canil.

assistam:
CAPEZ desmascara Instituto Royal

( Por que será que o próprio órgão, não sendo respeitado pelo Instituto, o defendeu? Será que esse órgão presta? O líder da Concea tem passado intrinsecamente ligado a testes em animais)

Agora, chegando à questão dos maus tratos, quero me basear nessa reportagem do Supe Pop:

SuperPop tenta falar com representante do Instituto Royal

Nenhum representante quer dar satisfação e há comprovações de maus tratos aonde, no ano passado, muitas cadelas com filhotes passaram dias sob a chuva. Todos pegaram otite e alguns estavam começando a ter doença de pele.

Há um pdf de uma pesquisa realizada por uma tal Simone Oliveira de Castro em 2012 no Instituto Royal ( eu tenho baixado, mas não consegui colar aqui, podem encontrar publicado nessa página) aonde ela testa meticulosamente se os Beagles eram uma raça "boa" para pesquisas, coisas que já "haviam sido confirmadas" por outros órgãos e não havia necessidade de ser feito.
Nessa pesquisa 38 Beagles sofreram tantos testes e ficaram tão desfigurados que foram eutanasiados ao final.

Algumas fotos de Beagles resgatados:

Grampo imenso em barriga de filhote
Cão com dentes colados, para se alimentar por sonda. Mal respirava direito.

Fins ORTODÔNTICOS: Beagles com fratura maxilar e doença periodontal

1.Beagle congelado em nitrogênio enquanto estava vivo
2. Marcas de agulha nas patas
3. Língua decepada

PROVA DE TESTE DE COSMÉTICOS
 pálpebras feridas, contra tudo o que Sílvia afirmou
São claros os maus tratos, além do que, alguns dos Beagles resgatados possuíam comportamento de extremo medo e não sabiam o que era carinho.
Pessoas que entraram lá afirmaram que a água dos potes estava verde e  havia uma quantidade absurda de fezes no chão ( fezes de dias, ao contrário do que foi dito, de que eles defecaram de medo da invasão). É visível em gravações.


3. Testes em animais são necessários? 

Sabemos que para cosméticos não é.

Mas e para remédios?



Quero prontificar meu argumento falando que os testes em animais não são confiáveis.
Aspirina, por exemplo, mata diversos animais quase instantaneamente, como gatos.
Penicilina também.
Alguns temperos são tóxicos para animais.

Quando você esteve doente, já te recomendaram algum remédio de cão? De gato? De camundongo?

Os testes são feitos principalmente em ratos, camundongos, coelhos, gatos e cães.
A desculpa dada por Sílvia é de que o organismo dos Beagles é o mais parecido com o  nosso.
Jura?
Até onde eu sei, os chimpanzés tem 98% da genética igual a nossa e olha a diferença que esses 2% fazem.


Vendo entre nós mesmos, seres de mesma espécie. Um remédio que eu tomo pode me curar, porém pode gerar milhares de reações adversas em outra pessoa.
"60% dos remédios colocados nas drogarias é retirado do mercado." - os testes finais são em nós

esse vídeo é curto e revelador:
RB debate testes em animais


Conclusão, a comunidade científica decide as próprias regras e seleciona os testes em animais por serem MAIS BARATOS. ponto.
>> Entenda como a comunidade científica está te enrolando<<
muito aconselhavel


4. Quais os métodos substitutivos?  ( fonte Veddas)

Existem
"Mais de 40 métodos substitutivos em FarmacologiaMais de 100 métodos substitutivos ao uso de animais em aulas de práticas de Fisiologia Mais de 20 alternativas ao uso de animais em PatologiaMais de 250 métodos substitutivos que são amplamente usados no lugar de animais, como: manequins, simuladores, vídeos, SÓ em habilidades clínicas e cirúrgicas e SÓ nesse site. "
InterNICHE- Alternatives Database
( basta selecionar a disciplina e ver os infinitos resultados)






situação atual: Instituto Royal tem atividades suspensas por 60 dias

ASSUNTO ENCERRADO

NÃO MATARÁS

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